Em, 28.03.2020
José Homero Adabo (1)
Continuamos a postos, acompanhando as últimas notícias sobre dificuldades econômicas enfrentadas pelas empresas neste período de pandemia do coronavírus e combate à doença COVID-19.
Em busca de saídas honrosas para as empresas, fizemos um levantamento em vários sites sobre disponibilização dos recursos financeiros anunciados ontem (27/03) pelo Governo Federal, na presença dos Presidentes do Bacen, BNDES, CEF e outros membros do alto escalão do Ministério da Economia.
Hoje (28/03/2020) já é possível verificar no link abaixo da CEF o anúncio de linha de crédito para estímulo à economia brasileira, voltado à folha de pagamento.
Neste próximo link, é possível verificar o caminho para a empresa solicitar a disponibilização de crédito para a folha de pagamento. Para quem tem conta na CEF, a orientação é para solicitar por meio do internet bank.
Verificamos o conteúdo do link e pudemos observar que, muito provavelmente é o mesmo link já utilizado hoje para quem necessita de capital de giro para a folha de pagamento. Mas, está lá e deve ser utilizado por quem necessita do recurso.
Contudo, combinando as informações acima divulgadas no site oficial da CEF com os procedimentos operacionais já definidos, para o crédito diretamente na conta do funcionário, é um bom sinal. Na hipótese de o Gerente da conta informar que ainda não é possível efetuar a operação, a empresa deve insistir e questionar, ser um pouco persistente: cobrar do gerente que consulte os seus superiores, o Comitê de Crédito do Banco, etc., já que a divulgação por meio de anúncio oficial não pode se constituir em propaganda enganosa. Use até este argumento, se necessário.
Num momento crítico como vivemos hoje, torna-se necessário que a Direção das empresas seja um pouco mais agressiva, na busca de alternativas, e o crédito, neste momento, é a mais indicada. Exija que o gerente lá na ponta da agência seja um colaborador ativo e que atenda aos interesses da empresa. Use o argumento de que as medidas foram anunciadas diretamente pelo Presidente da CEF., o Sr. Pedro Guimarães, na manhã de 27/03 do corrente.
De acordo com informações do G1 (27/03/2020), “a operação do programa será feita em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos privados”.
De acordo com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, “do total de R$ 40 bilhões que serão ofertados, 85% virão do Tesouro Nacional e outros R$ 15% de bancos privados, que também serão os responsáveis por assinar os contratos com as empresas e repassar o dinheiro do financiamento direto para as contas dos trabalhadores.”
Do ponto de vista econômico, as condições deste financiamento são muito boas, com destaque especial para a taxa de juros, que é muito baixa (3,75% ao ano). É exatamente a taxa Selic anual de hoje. Veja:
• o financiamento estará disponível para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano;
• o dinheiro será exclusivo para folha de pagamento;
• a empresa terá 6 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo;
• os juros serão de 3,75% ao ano;
• O crédito cobrirá 2 meses de folha pagamento;
• A empresa não poderá demitir o trabalhador no período dos 2 meses do pagamento;
• O crédito só atende pagamento de salário de quem ganha até 2 (dois) SM. Caso o funcionário que ganhe, por exemplo, R$ 5 mil por mês, ficará a cargo da empresa complementar o valor acima de dois salários mínimos.
O Escritório Taquaral continuará, como sempre, pró-ativo, com toda a Equipe a postos em home office, atendendo mais facilmente pelos e-mails já repassados. Continuará acompanhando tudo e repassará todas as informações que forem relevantes aos seus clientes.
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(1) José Homero Adabo é contador inscrito no CRC SP sob o nº 74.137/O-3.